quarta-feira, 4 de maio de 2011

Simples atos...



Acredito que seríamos mais felizes
se déssemos aquele riso guardado mas que tímido não sai;
se demorássemos mais naquele olhar;
se fizéssemos elogios a quem desperta nossa admiração;
se utilizássemos as mil ferramentas que o mundo nos dá para dar um simples “oi” a quem nos importa;
se ao invés de apenas dizer “oi, tudo bem?”, expressássemos a alegria daquele encontro;
se ligássemos apenas para dar boa noite;
se não esperássemos um momento que possivelmente só chegue se fizermos essas pequenas coisas...

Acredito que haveria mais amor...
se nos consumíssemos mais com os sentimentos puros e verdadeiros, do que com as “guerras” que precisamos enfrentar;
se ao invés de adultos que supostamente são auto-suficientes, não hesitássemos em revelar a criança escondida em nós que quer ser amada;
se tivéssemos menos medo, ou ao menos não déssemos tanta “trela” a eles;
se recordássemos à nossa memória que “aquela” dor quem causou foi outra pessoa, e que, portanto, não devo atribuí-la a “essa” pessoa.

As coisas poderiam ser bem diferentes se não protegêssemos tanto a nossa verdade e o que acontece dentro da gente...
Quantas cercas, quantas defesas... Para quê? Aonde elas nos levam?
Talvez o mundo fosse mais belo se calculássemos menos. Possivelmente multiplicaríamos muito mais sorrisos e bons momentos!
Grandes momentos acontecem na pequenez desses simples atos...

Isso me recordou Carlos Drummond de Andrade quando diz:
"A cada dia que vivo mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos,
nas forças que não usamos, 
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade"

É.... ele disse tudo... Eu nem precisava ter falado tanto =)
 

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