segunda-feira, 5 de julho de 2010

Halleluya - expressão do belo

Estava esta noite recordando a Carta do Papa João Paulo II aos artistas.
« O mundo em que vivemos tem necessidade de beleza para não cair no desespero. A beleza, como a verdade, é a que traz alegria ao coração dos homens, é este fruto precioso que resiste ao passar do tempo, que une as gerações e as faz comungar na admiração »
Para transmitir a mensagem que Cristo lhe confiou, a Igreja tem necessidade da arte. De facto, deve tornar perceptível e até o mais fascinante possível o mundo do espírito, do invisível, de Deus. Por isso, tem de transpor para fórmulas significativas aquilo que, em si mesmo, é inefável.
(Trecho da carta)
 
Relendo essa carta, lembrei-me do evento Halleluya, como expressão tão clara desse belo, dessa arte que traz alegria, que revigora, que alcança os lugares mais íntimos do nosso coração.
Sem dúvida Deus é um grande mistério. O mistério do Seu amor, de quem Ele é, é algo impossível de expressar apenas com palavras... É algo para ser experimentado, e a arte é um grande instrumento para isso. Ela nos ajuda a mergulhar nesse mistério. A música, a dança, o conjunto de tudo isso, alcançam, com tanta naturalidade, lugares tão profundos de nosso ser. Aquele tom, aquele som, vai lá no coração silenciar nossos barulhos interiores, ou mesmo despertar os lugares adormecidos.

O Halleluya, para mim, é um dos meios onde podemos, de forma significativa, experimentar dessa beleza que traz vida, que não nos deixa cair no desespero.
Lá eu pude experimentar isso, e ficar ainda mais fascinada por Cristo!
Quão belas as músicas! Quão belo ver aquele povo na chuva louvando ao som do "Alto Louvor"!
Inesquecível ver aquelas pessoas ajoelhando ali no gramado, quando Jesus Eucarístico passava em nosso meio!
Quão caro o que eu senti, o que provei, naquelas missas, naqueles shows!
Como traduzir a alegria que eu vivi naquela noite, em que ajoelhada, sozinha, eu renovava ali a minha decisão de amar a Cristo, de dar a Ele a minha vida, de dar espaço para Ele ser tudo no nada que eu sou?

Recordo-me da primeira vez que fui a esse evento. Na época ele ainda era relizado no Parque do Cocó. Fui de carro com uns amigos, impulsionada certamente pelo próprio Deus (afinal, ficar 24 horas numa estrada não é coisa que se faz constantemente).
Cheguei lá, e naquele dado ano, as relíquias de Sta Maria Madalena estavam lá.
Quanta coisa para ver. Quanta coisa para experimentar. Quanta beleza naquele lugar! Jovens espalhados pelo gramado, inúmeros missionários trabalhando, abordando as pessoas que ali estavam, sem contar a leveza com que Deus nos envolvia através dos shows que aconteciam no palco.
Fiquei tão entusiasmada em ver aquele povo reunido, louvando, sorrindo, chorando, buscando a Deus. Quantos jovens em busca da mesma felicidade, que eu também buscava.
Engrandeceu-me ver aquela Comunidade tão ousada, tão cheia de Parresia, organizando aquele evento grandioso, ficando noites sem dormir, com o único intuito de nos fazer provar dessa fonte de alegria e de paz que é Cristo.

Para minha surpresa, ao voltar em 2008, o Halleluya já era centenas de vezes maior que aquele primeiro que eu fui. Agora, realizado no CEU (Condomínio Espiritual Uirapuru), impossível traduzir o que ali acontece, e a alegria em estar naquele lugar. 
Quantas pessoas, quanta coisa acontecendo simultaneamente: shows no palco; confissões, aconselhamentos, pregação, cursos, adoração na tenda da Misericórdia; lanchonetes; Halleluya Kids; sem contar os incansáveis discípulos de Deus evangelizando o povo que ali se encontra.
Mais impossível ainda é traduzir como foi enriquecedor servir ano passado nesse evento... poder ser uma formiguinha, dar tão pouco, mas de alguma forma poder contribuir para que aquelas pessoas tivessem a mesma experiência que eu tive.

Enfim, eu poderia ficar aqui horas partilhando a experiência de viver o Halleluya, mas quero mesmo é partilhar a alegria de ter em nossa Igreja um evento como esse, um momento onde podemos beber da beleza da nossa música católica, da arte expressa de tantas formas, e viver o que o Papa nos pediu.

À Comunidade Shalom, minha gratidão e admiração, por esses anos em que proporcionou a tantas pessoas experimentar de Deus, desfrutar do belo, entusiasmando-nos para enfrentar e vencer os desafios cruciais que se prefiguram no horizonte, ajudando-nos a optar por Cristo e a decidirmo-nos pela santidade.
 
Às pessoas que moram em Fortaleza, ou que têm a oportunidade de ir a esse evento que acontecerá de 21 a 25 de julho próximo, minha sugestão: não percam essa oportunidade!!!
Tantos lugares nos permitimos conhecer quando nossos amigos nos convidam, ainda que sem nenhuma garantia de que vamos gostar. 
É hora de nos permitir viver esse momento onde tantas graças são derramadas!
É preciso nos oportunizar viver momentos diferentes, que nos tragam real felicidade.

Tenho certeza, algo ficará de bom em você, mas infelizmente, eu não tenho como aqui expressar... eu precisaria ser artista para isso... kkkkk
Experimente! Vá ao Halleluya... e depois faça também sua partilha. ;-)

Moro em Belém, mas se Deus quiser, e providenciar, estarei lá esse ano novamente.

Feliz Halleluya!!! A força, que de fato, faz viver!!!!