domingo, 15 de abril de 2012

Liberdade Interior

Existe um lugar que os cativos não podem entrar... Eles não suportariam tamanha liberdade que há lá.
Campo verde, muuuuuito amplo, um espaço sem fim a ser percorrido... Flores, barulho de pássaros, lagos por toda a parte...
O campo é a felicidade de ser livre interiormente, lugar alcançado e a ser amado mais e mais à medida que vai sendo desvendado;
O barulho dos pássaros é a paz que se expressa numa música ouvida apenas pelos que lá habitam (oficio típico da arte explicar o inexplicável);
As flores trazem o cheiro da leveza e da simplicidade, exalada por todos que conseguem alcançar esse lugar;
Os lagos nos revelam quem somos com uma caridade tão grande que favorece com que facilmente acolhamos nossas verdades. Eles mostram também nosso riso sem motivo e quão belo fica nosso semblante quando estamos mergulhados na felicidade de sermos livres!
Ah, existem ainda as arvores, que nos ensinam a lançar constantemente um olhar de esperança sobre a vida e, principalmente, sobre nós mesmos. São essas arvores que, no exercício das diversas mudanças que as estações do ano as inserem, nos recordam que o novo pode sempre acontecer.
Lá, nesse "lugar", quem somos finalmente tem vida e pode se expressar. Lá não é necessário se explicar, ter expectativas, exigências; simplesmente somos o que somos...
Lá não sou mais o que faço, minha profissão, minhas conquistas, e muito menos o que tenho. Lá eu sou... sou eu mesmo e pronto!
Lá é onde eu compreendo que minha segurança não está no amor que eu tenho por Deus, e sim no amor que ELE tem por mim.
Cativos por nós mesmos, prisioneiros de nossas feridas, entregues aos nossos medos, muito nos é privado.
Somente os que tem liberdade interior suportam, conhecem e apreciam a beleza desse lugar...
Como iniciar o caminho até este lugar? Abandonando o medo de si mesmo pode ser uma boa forma de iniciar a jornada.
Libertos de nós mesmos, nos apegaremos a quem será as nossas asas!