Onde estão os
profissionais que querem trabalhar felizes, se dedicar, que querem “mudar o
mundo”, colaborar para um mundo melhor através de seu ofício?
Onde estão as
pessoas que querem fazer a diferença? Que querem investir seus talentos,
aprimora-los dia-a-dia, e desempenhar funções que o façam melhor?
Vejo aos
montes pessoas que dizem que querem apenas o salário garantido, “o valor chegar
na conta e só!”, ainda que seja para fazer nada. A ambição e o alvo gira todo
em torno do dinheiro, e não do crescimento pessoal e profissional em si. Quando
esse é o único motivo, desculpa, mas eu acho no mínimo estranho. Acho raso,
acho pouco para algo que consome tantas horas de nossa vida.
Me causa
estranheza que as pessoas me olhem como um extraterrestre quando digo que quero
trabalhar, quero virar a noite estudando, fazer cursos, ser meu melhor a cada
instante... Quero crescer. Tenho necessidade de aprendizado constante. Sou
assim desde criança. E acho estranho que alguns sequer pensem nessas coisas.
Sim, eu também
quero meu dinheiro na conta. Preciso! Também tenho contas pra pagar e planos,
muitossss planos, que preciso de dinheiro para realiza-los, mas não é só isso. Vai
além. Quero satisfação profissional também. Quero trabalhar em lugares que eu
acredite, que eu tenha o maior prazer de vestir a camisa e suar pesado para
aquela empresa desempenhar sua missão e alcançar sua visão. Quero colaborar,
ver meus talentos dando frutos. Quero ser uma formiguinha junto com tantas
outras que celebram as metas atingidas!
Eu não sei
trabalhar de outro jeito, graças a Deus (e a meu pai). Cresci com meu pai
dizendo “seja a profissão que você escolher, independente da função que você
exerça, dê o seu melhor! Quer seja lixeiro ou presidente de uma multinacional, dê
o seu melhor! Busque ser o seu melhor, não por competição, mas por você mesmo”.
Por isso digo
sempre, ainda que me oferecessem um valor altíssimo para trabalhar numa empresa
em que não acredito, ou não apoio os objetivos e produtos comercializados, não conseguiria
trabalhar. Não funciono sem essa coisa de “vestir a camisa”, de atuar como se a
empresa fosse minha. Eu tive a grande alegria (e desafio) de iniciar a vida
profissional sendo empresária. Só depois fui ser funcionária. E isso foi um
grande bem, pois me ensinou a pensar olhando para o todo, e não só para a minha
área. Me ensinou a me preocupar com a xícara onde o cafezinho está sendo
servido às minhas tarefas. A propósito, por isso também sou contra empresas que
anunciam empregos mas não dizem quem são. Se as empresas querem funcionários
que “vistam a camisa”, digam quem são para sabermos se queremos vesti-las. Assim
fica mais fácil sermos um time de verdade.
Não me refiro
a concurseiros, não. Eu mesma farei uma prova daqui a pouco tempo. Acho excelente
que pessoas se dediquem por uma vaga que lhe atrai, lute arduamente, e alcance
essa vitória. Mas acho ainda mais bonito quando essa pessoa se empenha e sonha,
com o mesmo afinco, exercer esse funcionalismo público com zelo, dedicação e
entusiasmo, buscando dar o seu melhor, e fazer valer o “valor seguro na conta”.
Tenho a grata alegria
de conhecer grandes pessoas, grandes mesmo, que na empresa privada ou pública,
dão o seu melhor, amam o que fazem e se empenham para que seu ofício seja um
bem para ela, mas também para a empresa e tantos outros. Citarei apenas 6,
embora sejam vários, que percebo que têm feito grande diferença no ofício onde
estão “plantados”, e que mesmo sem trabalharem comigo, me alcançam com seu empenho,
dedicação, e zelo pelo que fazem: Patrícia Ribeiro, André Bittencourt, Daniela
Garcia (empresas privadas), e Wilton, Welkey e Ádria (órgãos públicos). O mundo
é melhor com pessoas como vocês!