Porque amo, sou servo

"Um coração que ama trabalha com amor" (Santa Teresinha)

Servir, ser missionário, é um transbordar desse amor que não cabe mais em nós.

Servimos porque amamos. 

Vamos sem saber como se dará porque amamos. 

Deixamos os medos e a timidez porque amamos. 

Mesmo limitados, nos lançamos porque amamos.

Mesmo com as adversidades, perseveramos porque amamos.

"Só o amor explica a missão". Essa é sem dúvida uma das frases da pequena de Lisieux que mais amo! Só o amor explica as renúncias, o se lançar mesmo com medos, a violência de coração para vencer sua timidez, o partir mesmo sem saber como será, mesmo com suas limitações.

Só o amor explica o Deus que nos envia mesmo nos conhecendo e sabendo de nossas fragilidades, que nos promove, aposta, elege e nos presenteia com a missão; e também só o amor que explica o "sim" da pessoa que se lança nesse amor e vive a missão porque precisa transbordar esse amor que não cabe mais em si.

Teresinha entendeu esse amor, e se lançou, e voou! Quero voar também! 🍃

Foto: Carmelo de Santa Teresinha

Tem raiz...

Há encontros que nos ajudam a encontrarmos com nós mesmos. 

Beta participou de minha vida por muito tempo. Plantou em mim valores e tanta coisa boa. 

Trazemos raízes definitivas.

Deixou marcas valiosas e gerou tantas vezes em mim uma nova forma de enxergar as coisas através do olhar amoroso e materno que lançou sobre as questões de minha vida.

Não foram poucas as vezes que catou "meus piolhos" (não era piolhenta não, mas morria de nojo e medo de estar com os malditos bichinhos), mas ainda mais foram as vezes que ela me percebeu triste e veio ao meu encontro pra tentar me ajudar. 

Me aconselhou, brigou, abraçou, chorou comigo, tomou pra si minhas queixas e dores, me defendeu, me corrigiu, me fez ver meus erros, e viveu comigo grandes momentos. 

Foi ela a primeira que soube de minha primeira menstruação. Ela foi me acordar e viu o que havia ocorrido. E ela também que tantas vezes me ajudou a amadurecer e a compreender melhor a vida, meus pais, meus irmãos, e a mim mesma.

Um olhar materno é sempre tão cheio de vida... O dela é assim e sempre será. 

Reencontrá-la é sempre reencontrar comigo mesma, e reconhecer coisas grandiosas que a vida me proporcionou, e traços profundos de minha identidade, que ela conhece tão bem.

No encontro desses dias, a mesma segunda mãe estava ali, preocupada com minha alergia, minha febre, e o mesmo abraço certo e seguro de alguém que me ama de verdade. E também a mesma certeza de que ali serei sempre uma menina, que mesmo não cabendo mais em seu colo, encontrará sempre abrigo em seu coração.

Raízes eternas...trago muitas...e todas imensamente valiosas! A Beta é certamente uma delas!!

Amo eternamente!

É preciso caminhar

Definitivo é o caminhar... Não parar. 

Permitir-se recomeçar quantas vezes for preciso. 

Tantos caminhos. Escolhas necessárias de cada dia.

Já não será como ontem... O agora segue gestando o novo a todo tempo.

Quem sou eu?

Completamente IMPACTADA com a música que estará no novo cd da Celina Borges!
Tive a alegria de recebê-la hoje. Não consigo parar de ouvir e pensar...
Que instrumental é esse?!? Que letra é essa?!? Quem sou eu?
Quem sou eu... Quantos mistérios trago numa só...
Tantas e em todas a mesma intensidade, a mesma sede. 
Quanta diversidade. Complexa e em segundos tão simples, quando confrontada com Aquele que sabe de mim, mais do que eu mesma...
Nossa, não consigo parar de ouvir aqui dentro ecoar "quem é você?"
Obrigada Cê, por esse presente de música; por me oportunizar mergulhar em meus mistérios... e por fazer minha alma dançar em meio a essa descoberta constante e eterna...