sexta-feira, 27 de maio de 2011

Saudade de ser dois



Fui ler Martha Medeiros e deu nisso... Saudades do amor... ;-)

Hoje me deu saudade de ser dois... De ser um mesmo sendo dois.

É bem verdade que estar só tem seus bônus: podemos escolher o canal que queremos na TV; assistimos finalmente aquela comédia romântica "água com açúcar" que ele jamais iria ver; nos divertimos com as amigas relembrando nossos romances; vemos os amigos preocupados em nos apresentar "bons partidos"; saímos para onde, com quem e a hora que queremos; e ainda podemos ceder ao olhar daquele menino bonito que está a noite toda olhando rsrs...

Mas hoje recordei-me da grandeza de pequenos gestos que só acontecem quando amamos alguém.
Deu vontade de sentir novamente o simples prazer de andar de mãos dadas; de ouvi-lo contar sobre seu dia cansativo; de ler no mesmo folheto da missa; de olhar pela sacada de meu apartamento meu namorado ir embora, cheia de saudades; de planejar viajar juntos; de ter um alguém para ligar apenas para dar boa noite.
Deu vontade de passear no domingo na praça, de dividir o mesmo saco de pipoca no cinema, o mesmo espetinho de queijo na praia, de esperar o meu amor para jantar comigo em casa, de unir-me a sua família e rir com suas histórias num almoço "qualquer".

Ser dois tem seu valor... e como tem!

Hoje senti saudades de estar apaixonada, de ter um alguém que eu ame e que me faça fazer coisas típicas de um coração que foi fisgado...
Senti falta do prazer de: buscar água, (tentar) cozinhar, fazer supermercado juntos, comprar o que ele gosta de comer, assistir o filme que ele tanto quer ver, mexer no seu cabelo enquanto ele dirige, ficar ao seu lado quando estiver com febre, limpar sua boca suja de maionese, deitar no seu colo, fazer cafuné até ele adormecer... Coisas simples mas belas apenas quando há o amor.

Amanhã eu não sei, mas hoje senti saudades de quem sou quando estou amando... do meu riso, do meu olhar brilhando, da cara de boba... de ser tão inteira dividindo minha vida com alguém.

Beleza tão evidente quando duas pessoas resolvem se dar ao amor...

Enquanto isso, sigo feliz e preparo-me para acolher-te e dar-te meu melhor sorriso! =)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Simples atos...



Acredito que seríamos mais felizes
se déssemos aquele riso guardado mas que tímido não sai;
se demorássemos mais naquele olhar;
se fizéssemos elogios a quem desperta nossa admiração;
se utilizássemos as mil ferramentas que o mundo nos dá para dar um simples “oi” a quem nos importa;
se ao invés de apenas dizer “oi, tudo bem?”, expressássemos a alegria daquele encontro;
se ligássemos apenas para dar boa noite;
se não esperássemos um momento que possivelmente só chegue se fizermos essas pequenas coisas...

Acredito que haveria mais amor...
se nos consumíssemos mais com os sentimentos puros e verdadeiros, do que com as “guerras” que precisamos enfrentar;
se ao invés de adultos que supostamente são auto-suficientes, não hesitássemos em revelar a criança escondida em nós que quer ser amada;
se tivéssemos menos medo, ou ao menos não déssemos tanta “trela” a eles;
se recordássemos à nossa memória que “aquela” dor quem causou foi outra pessoa, e que, portanto, não devo atribuí-la a “essa” pessoa.

As coisas poderiam ser bem diferentes se não protegêssemos tanto a nossa verdade e o que acontece dentro da gente...
Quantas cercas, quantas defesas... Para quê? Aonde elas nos levam?
Talvez o mundo fosse mais belo se calculássemos menos. Possivelmente multiplicaríamos muito mais sorrisos e bons momentos!
Grandes momentos acontecem na pequenez desses simples atos...

Isso me recordou Carlos Drummond de Andrade quando diz:
"A cada dia que vivo mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos,
nas forças que não usamos, 
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade"

É.... ele disse tudo... Eu nem precisava ter falado tanto =)